Porto Alegre – Sem saber se terá recursos para pagar o 13° do funcionalismo e se o parcelamento salarial será mantido até o final do ano, o governo do Estado trata de correr atrás de possibilidades que possam vir a injetar dinheiro no cofre gaúcho. Na próxima sexta, técnicos do Executivo e da Casa Civil da Presidência da República se reúnem na Secretaria da Fazenda, em Porto Alegre. Na pauta, a tentativa do Palácio Piratini de reaver R$ 2 bilhões referentes a investimentos na malha rodoviária federal do Rio Grande do Sul, na segunda metade da década de 1980, pelo então governador Pedro Simon (PMDB).

A confirmação da reunião, a primeira entre as partes, ocorreu ontem, em coletiva de imprensa no Palácio Piratini do governador José Ivo Sartori, na qual também tratou de temas da segurança pública e de sua recente missão política e econômica a Argentina. Sartori frisou que há vontade política da União em rever o débito, mas que o assunto é puramente técnico. “Isso é uma questão de avaliação dos números, daquilo que foi investido, dos convênios que tinham entre Daer e o antigo ANER, hoje ANITA. Mas percebemos a boa vontade de pelo menos de conversar e precisamos que isso dê muito certo”, destacou o governador, frisando que o levantamento do crédito foi feito pela AGE.

RESPOSTA EM ATÉ 60 DIAS – Evitando definir prazo para as conclusões do Grupo de Trabalho criado entre Estado e licito, mas dando a entender que a resposta à demanda gaúcha precisa ser definida antes de 60 dias, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, voltou a tratar do tema corno a “Olimpíada do Espado”. “0 que percebemos é a vontade política de clamar isso de uma forma definitiva.Todos os outros governadores buscaram esse ressarcimento. Isso pode parecer um oásis, pode parecer uma mirarem, mas nossa situação é tão angustiante que temos que nos aferrar a essas possibilidades”, pontuou Feltes.

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Fonte: Jornal NH