A maneira como a Secretaria da Fazenda vai realocar recursos do orçamento para garantir o pagamento dos novos soldados da Brigada Militar (BM) e o cumprimento de medidas emergenciais pretendidas pelo governo estadual ainda é estudada pelos técnicos da pasta.
Desde que o vice-governador José Paulo Cairoli tomou a frente do planejamento na segurança pública, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, tem participado de quase todas as reuniões de trabalho. Feltes é consultado sobre a viabilidade financeira dos planos para reduzir a criminalidade, já que o governador José Ivo Sartori determinou que essa é a prioridade.
Diante da crise financeira do Estado, que voltará a parcelar os salários amanhã, a resposta da Fazenda é clara: será preciso retirar verba de outros setores.
– O orçamento é engessado, tem a maior parte comprometida com a folha e repasses aos municípios. Mesmo com a carência no pagamento da dívida até o fim do ano, ainda falta dinheiro. Para ter mais recursos na segurança, teremos de deslocar dinheiro de outras áreas – admite um integrante do governo.
Nos próximos dias, caso o Piratini antecipe a convocação de segunda leva de brigadianos aprovados, o remanejamento de verba terá de ser aprofundado.
Em julho, faltaram R$ 764 mi- lhões para quitar as despesas do mês, o que fez com que os servidores recebessem parcela inicial de R$ 980 de salário. Para assegurar reforço nas diárias da BM e nomeação de servidores, é provável que o governo aperte ainda mais o cinto no custeio de áreas como saúde e educação.