É, sem dúvida, um passo importante de transparência o aplicativo lançado nesta semana pelo governo do Estado com o propósito de permitir aos contribuintes o acompanhamento dos gastos da administração. Elaborado sem custos extras para os cofres estaduais por técnicos da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado, em parceria com a Procergs, o app oferece informações objetivas e atualizadas sobre servidores públicos, empresas fornecedoras e prestadoras de serviço. Trata-se, portanto, de uma forma moderna de prestar contas ao cidadão, que sustenta a estrutura administrativa com os impostos.
Pena que, neste momento, essa iniciativa de dar visibilidade ao serviço público esteja servindo apenas para evidenciar a calamitosa situação financeira do Estado. O ideal seria que o governo tivesse melhores notícias a dar para o contribuinte além de escancarar a crise em números e percentuais.
Ainda assim, a Plataforma de Informações de Livre Acesso à Sociedade (Pilas) tem o mérito de mostrar à população por que algumas medidas duras precisam ser implementadas com urgência, mesmo que enfrentem resistências corporativas e políticas. Diante dos números, não há como se iludir. O Estado gasta mais do que arrecada e esse desequilíbrio se reflete na qualidade de vida de todos os rio-grandenses.
Por aí se vê, também, que a participação dos cidadãos na vida pública não deve se restringir ao voto. Com ferramentas como o Pilas à disposição, o contribuinte pode fiscalizar a correta aplicação do dinheiro dos tributos.